Olá galera!Achei interessante esse texto.Achoque me enquadro um pouco nesse contexto.
Cada uma a sua maneira...
Já vi muita gente reclamar de seus parceiros e parceiras, e um assunto recorrente é a falta de romantismo. Porém, olhando no comportamento dos casal (pois eu geralmente conheço os dois) não vejo as coisas exatamente desta maneira. O que mais acontece é não reconhecer os atos de romantismo do outro, pois ele dá um presente que não era o que ela queria, ela se arruma toda para um elogio e para ele ficar mais feliz e o esforço não é notado. Isso é o que mais acontece, errar o alvo na hora de agradar com surpresinhas românticas, e isso eu posso afirmar com certa dose de certeza, pois eu não sou romântico, portanto, tudo o que eles fazem que eu não faria é prova de romantismo.
Então por que é que eu não sou romântico? Porque não gosto. Alguém tinha que não gostar disso. As coisas que os outros chamam de “romantismo” é uma lista pronta de coisas como “andar de mãos dadas” ou ”fazer cafuné”, e não leva inteiramente em conta o que a pessoa faz por carinho, e é esse romantismo que eu estou fora. Se todos concordam que as coisas têm valores diferentes para pessoas diferentes, como aquele LP surrado que pode ser apenas uma coisa ocupando espaço no seu porão e, ao mesmo tempo, uma grande relíquia para outra pessoa, por que é que os atos não são considerados românticos ou não de acordo com os estilos diferentes das pessoas? É porque nos filmes ninguém vai te visitar com um buquê de jogos de video-game na mão e entra em casa para duas semanas e meia de amor, muito menos leva alguém que conheceu na rua Augusta para ver a final do campeonato de futebol no estádio do Morumbi e sai no soco com a torcida organizada e ela vira sua Linda Mulher. Romantismo, na minha opinião, é pré fabricado.
Não sou romântico porque não gosto de andar de mão dada. Suo muito e minhas mãos ficam alagadas como Rio de Janeiro no início de 2011. Se alguém me ligar só pra cantar “I just called… to say… I love you”, eu demito por justa causa depois de ter uma crise de risos de vergonha alheia. Aliás, nem gosto de ficar falando ao telefone, me irrita ouvir de um lado só e não tenho grandes novidades para contar todos os dias. Não gosto do “o que você fez hoje?”, principalmente quando ligam após já termos conversado na internet, pois o assunto já acabou. Não gosto de receber coisas no formato de coração porque tenho medo de médicos e cirurgias, portanto receber um orgão do corpo humano me parece mórbido, nem consigo ver o caminhão de lixo com a propaganda de doação de sangue que fico nervoso. Também não sou chegado à cor rosa, dos presentes cheios de coraçõezinhos e beijinhos no papel do embrulho. As impressoras, na época do dia dos namorados, devem gastar toda a sua tinta magenta só nessas tranqueirinhas que tanto vendem. Não gosto de ser chamado de bebê, amor ou mozão, nem gosto de massagem nos pés porque tenho cócegas, e não vejo graça em cafuné, mas gosto de uma massagem bem feita com final, digamos, mais intimista.
Agora que vocês já acham que sou um monstro, vou me redimir um pouco. Não gosto do que se ”considera” romântico, mas sou romantiquinho à minha maneira. Tenho boa memória para lembrar algumas datas, mesmo que poucas, mas lembro todos os gostos e só levo para sair em restaurantes ou programas que eu sei que irão agradar (mas também lembro do nome dos ex-namorados e sempre quero que todos sejam sequestrados e torturados por 20 anos). Também aprendi a fazer massagem com amigos fisioterapeutas e quiropráticos para poder agradar. Dou os presentes que eram “aquilo que eu queria” e geralmente agrado os pais, os bichinhos de estimação, algumas vezes os amigos (alguns fazem de tudo para invocar comigo). Sou ciumento na dose necessária, não fico cercando ninguém, mas também odeio quando os amigos da turminha ”ninguém é de ninguém” convidam para alguma festa. Não ligo a toda hora, mas não porque eu não quero nem saber o que acontece, e sim porque eu confio que esteja tudo bem (e que esteja se comportando). Mas esse tipo de comportamento não está nos filmes e nem seria um livro best seller que depois seria adaptado para a Julia Roberts encenar. O que vende não é saber fazer escolhas e tentar arrumar os pequenos desvios da vida, o pessoal gosta das histórias de gente que fez tudo errado, desistiu de tudo, jogou todas as suas coisas fora, foi pra Índia, aprendeu a meditar e no final achou um estrangeiro pra casar, de novo.
Por isso eu me encaixo no grupo dos não românticos. Eu não sigo os protocolos. Romântico, para mim, é me dar um jogo de video-game ou um smartphone. Momentos inesquecíveis são em eventos de games, desenhos ou filmes, visitar lojas de computadores e eletrônicos, longas viagens e coisas culturais. Não acho que pensar em programas mais adultos é apenas querer se aproveitar do corpo da minha companhia e namorinho sem isso, para mim, não passa de dois dias. Portanto posso ser classificado, no máximo, como atencioso, interessante, algo assim, mas estou fora do mercado de românticos e não estou criticando seus participantes por isso. Sou apenas um livro que só será publicado em PDF gratuito na internet e, quem sabe, inspirarei um mini seriado num desses canais alternativos, feitos por produtoras e atores mais underground.
Gente!Esqueci o nome do cara que escreveu esse texto.
Olá Mary!
ResponderExcluirA sua perspicaz que poderia nos proporcionar este texto sobre o romantismo.O que é romantismo ? O entedemos como aquilo que nos ensinaram através de filmes , novelas ,livros... Modelo de romantismo que pouco percebemos na nossa realidade.E o texto é felicíssimo quando mostra que somos românticos a nossa maneira.Maneira que não se enquadra no padrão que temos do ser romântico. O romantismo pode está sendo manifestado em cada encontro, e as pessoas escravas dos padrões impostos,não tem usufruido destes momentos de romantismo...
Sou um agraciado por acessar este teu espaço...
Pois é amigo Non...eu tb não me sinto encaixada em padrões.E isso é qualidade, sinal de concordamos que pessoas são diferentes e que temos que respeitar e amá-las cada um coma com o modo próprio que ela tem.
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