quarta-feira, 7 de setembro de 2011

E choveu ácido em terra árida parte I




Ácido tem sabor amargo
É substância corrosiva
Sente-se no gosto do limão
Ou em alguns processos da vida

As frutas ácidas tem mais vitamina C
Mas ácido tem caráter mordaz
Misturado a hidrogênio
É capaz de produzir sais

O sal dá um sabor
Se não for demasiado
Em excesso causa dor
Em coração já baqueado

Imaginem o tal corrosivo (ácido)
Entre em contato com o duro, insensível
Já que árida é a terra que nada produz
E seca, sem umidade, à ninguém faz jus

A aridez entedia e aborrece
Se falta água, a melodia não acontece
Imaginem um contato feroz...
ácido e árido num contexto atroz.
By me...

O Fantasma da Ópera, que reza a lenda que fora atingido por "ácido".

Ainda sobre relacionamentos...

O antes de Fiona

O depois da apaixonite aguda.(até verde ela ficou)
Vendo pesquisas sobre sites de relacionamentos, vemos o alto índice de um "novo modo" de trair...o renomado on line.
Bom, ninguém tem obrigação de ler e concordar com minhas palavras e como hoje eu estou meio assim"arretada", resolvi por contra própria e risco analisar "algumas coisas"(achismo puro!).
Tá na moda assistir Cordel Encantado e sonhar e torcer pelo amor de Jesuíno e Açucena.Lembrei até que tem um filme chamado "Um conto de fadas ao avesso".Pois bem, pensei no desgaste diário ou não que esses relacionamentos sofrem por diversos tipos de coisas que acontecem.Aí, veio - me na lembrança a história de Shrek e Fiona, A Bela e a Fera, etc.Mas entre todos, fico com Shrek e Fiona que tornou-se FEIONA só por causa do seu amado,pois a mesma era uma linda princesinha, com cintura finíssima,reinado,etc... um luxo!
Será que no amor vale tudo?Anular-se?Ficar feia?Se vale, ou não, aí já não é comigo...hoje tenho minhas ideias, minhas opiniões que nem sempre deixo-as tão claras e evidentes...é tudo em entrelinhas!
O que tem haver o início do texto com o desenvolver dele?Parece que nada né?É que eu acordei pensando em porquê de estar em casa em pleno feriado ao invés de estar por ai , na cidade vizinha onde tem desfile cívico (o nosso aconteceu ontem), e tantas outras coisas mais.Aí, respondo: por pura opção!(agora as coisas começam a se encaixar quando pergunto se algumas coisas valem a pena ou não).
A gente passa por muitas mudanças...eu gostaria de estar com amigos agora, mas eles estão distantes de mim...queria estar trocando essas ideias com eles, falando bobagem, mas não é possível.Se eu pudesse juntar as pessoas pelas quais sinto empatia seja on line ou out line numa grande encontro, isso me traria um imenso prazer, mas ainda não é possível.
Chega de falar bobagem né?(Falta do que fazer é fogo!Aliás, tenho, mas não quero.)
Pra terminar a brincadeira , as conexões e as desconexões ...o vídeo acima e abaixo a letra resumindo tanta bobagem que escrevi:

Barriga Crescida

Mastruz com Leite

Quando agente namorava você era uma princesa
Ai meu Deus eu me afobava diante de tanta beleza
Era um tal de roupa nova, um tal de perfume francês
E eu quase nem me aguentava pensando na primeira vez
O enxoval todo de renda com nosso nome bordado
Você era a minha prenda, eu o feliz premiado
Era amor pra toda vida, amor pra mais nunca acabar
Você bela e bem vestida e eu tão ancho a te adorar
E agora que já faz muito tempo que a gente casou
Você não se cuida, você relaxou
Até parece que brigou com o espelho
Sua cabeça tá sempre com bob
Sua calçola de um lado ela sobe
E a camisola rasgada da noite de dia ela é robe
Vá la que seja que a vida é dura
De criar filhos tira a formosura
Mas se você não enfeitar o maracá eu não posso tocar
(bis)
Enquanto eu andava de bob, a sua barriga crescia
Enquanto eu lavava a calçola que sobe a sua cueca eu fervia
Enquanto a minha camisola era o robe que usava de noite e de dia
Você se deitava na cama, virava pro lado, peidava(me desculpem pelo termo) e dormia
Enquanto eu criava os meninos você só pensava em cachaça
Passava o fim de semana jogando baralho e dominó na praça
(Refrão)
Se eu briguei com o espelho você também brigou
Se eu fiquei de joelho você rastejou
(Bis)
Se eu era uma princesa, voce principiou
Se eu era perfumada como um botão de flor
Não era fingimento, foi tudo por amor
Nenhum dos dois tá certo, nenhum dos dois errou
Se você é do jeito que é, eu sou do jeito que sou
Se você tá do jeito que tá, eu tô do jeito que tô
(Bis)

Com a colaboração do You Tube e http://letras.terra.com.br/mastruz-com-leite/128336/ 
Obs:sem preconceitos implícitos ou explícitos.

Relacionamentos e suas diversidades...


                Relacionamento Tênis e Frescobol por Rubem Alves 
 
Depois de muito meditar sobre o assunto concluí que os casamentos (relacionamentos) são de dois tipos: há os casamentos do tipo Tênis e há os casamentos do tipo Frescobol.
Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam mal. Os casamentos do tipo Frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de ter vida longa. Explico-me. Para começar, uma afirmação de Nietzche, com a qual concordo inteiramente. Dizia ele: "Ao pensar sobre a possibilidade do casamento, cada um deveria se fazer a seguinte pergunta:
"Você crê que seria capaz de conversar com prazer com esta pessoa até sua velhice?"
Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar.

Sherezade sabia disso. Sabia que os casamentos baseados nos prazeres da cama são sempre decapitados pela manhã, e terminam em separação, pois os prazeres do sexo se esgotam rapidamente, terminam na morte, como no filme O Império dos
Sentidos. Por isso, quando o sexo já estava morto na cama, e o amor não mais se podia dizer através dele, Sherezade o ressuscitava pela magia da palavra: começava uma longa conversa sem fim, que deveria durar mil e uma noites. O sultão se calava e escutava as suas palavras como se fossem música. A música dos sons ou da palavra - é a sexualidade sob a forma da
eternidade: é o amor que ressuscita sempre, depois de morrer. Há os carinhos que se fazem com o corpo e há os carinhos que se fazem com as palavras.
E contrariamente ao que pensam os amantes inexperientes. Fazer carinho com as palavras não é ficar repetindo o tempo todo:
"Eu te amo". Barthes advertia: "Passada a primeira confissão, eu te amo não quer dizer mais nada". É na conversa que o nosso verdadeiro corpo se mostra, não em sua nudez anatômica, mas em sua nudez poética. Recordo a sabedoria de Adélia
Prado: "Erótica é a alma".
Tênis é um jogo feroz. O objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: O outro foi incapaz de devolver a bola. Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário, é justamente para aí que ele vai dirigir sua cortada. Palavra muito sugestiva - que indica o seu objetivo sádico, que é o de cortar, interromper, derrotar. O prazer do tênis se encontra, portanto, no momento em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocado fora de jogo. Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro.

Frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca. Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la. Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra. O erro de um, no frescobol, é um acidente lamentável que não deveria ter acontecido. E o que errou pede desculpas, e o que provocou o erro se sente culpado. Mas não tem importância: começa-se de novo este delicioso jogo em que ninguém marca pontos...

A bola: são nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob a forma de palavras. Conversar é ficar batendo sonho prá lá, sonho prá cá....
Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. Ficam à espera do momento certo para a cortada. Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como bolha de sabão.. O que se busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento. Aqui, quem ganha sempre perde.

Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração.

O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres ao vento. Bola vai, bola vem - cresce o amor... Ninguém ganha, para que os dois ganhem. E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para
que o jogo nunca tenha fim... 

 Autor:Rubem Alves, vídeo You tube...