quinta-feira, 4 de agosto de 2011

I am afraid...

                                         Dia desses recebi um email de um amigo que falava sobre o mundo que ele havia conhecido e que hoje não o reconhece mais...e falo de alguém que tem a mesma faixa etária que eu (estamos nos 30 e poucos anos).Interessante o que me falava, na angústia de ter impressão que de repente tudo tornou-se obsoleto...até mesmo o que sai da loja hoje, amanhã já é,está ultrapassado e assim nos tornamos "reféns" de toda essa mudança ultra rápida que acontece.Nossos conhecimentos são poucos...a cada dia descubro que sei menos... o meu celular nem terminei de pagar,mas já tenho vontade de trocar, meu pc deixei de lado, usei um notebook, encostei e troquei por um netbook, agora só penso em um tablet...um consumismo desenfreado me acomete, uma busca por competências também...saber o que eu já sabia não me satisfaz mais...faço parte de redes sociais e meus amigos agora são virtuais.Até isso mudou!Logo eu que tive uma infância recheada de pessoas, de amigos, de parentes.Hoje sinto falta de coisas simples que vivi...o pior é que o tempo é algo que não se recupera...apesar de toda a modernidade e tecnologia ainda não inventaram a máquina do tempo, não dá para voltar lá atrás e consertar o que saiu errado, pedir aquele perdão que faltou, abraçar aquela amiguinha que brincava comigo, beijar minha vovó e dizer-lhe o quanto eu a amo e o quanto ela foi importante para mim, para a pessoa que eu sou...claro que também não dá para ficar remoendo essas coisas, mas posso fazer ainda algo por mim e por tantas outras pessoas que amo, ainda que não seja recíproco das outras partes.
Na verdade posso tentar desacelerar meus pensamentos, ocupar a mente com mais bobagens, mesmo que não me perca das informações necessárias à esse "novo mundo" que demanda muita coragem de nós... 

                        De que me vale as aquisições temporárias e obsoletas?De que me vale a busca incessante pelo saber daqui a pouco também obsoleto?Eu tenho procurado desenvolver muitas competências, muitas urgências, mas não tenho desenvolvido em mim a forma de lidar com tudo isso...não aprendi a ser emocionalmente inteligente...ainda bem que tenho ao menos a consciência disso...











Um sonho que tive...

                         Em uma conversa com minha mãe e irmã, falava que a noite passada eu parecia que havia saído do meu corpo e viajado pra outra dimensão...rsrsrs.Minha mãe é evangélica e disse: - você agora é adepta de espiritismo?Mais uma vez sorri...mas vejam se não tenho razão: eu sonhei conversando com uma mulher que nunca vi, a mulher tinha uma imagem contemporânea, estava muito bem vestida, cabelos bem cortados, ruivos e falávamos sobre formações para professores...de repente o sonho muda de lugar e eu encontro-me com alguém novamente desconhecido que me oferece um carro para dirigir ultra moderno e se eu conseguisse ganharia o mesmo.Após tudo isso cheguei a seguinte conclusão: se um dia vou conhecer essa mulher, não sei, mas sei que deve ser o somatório dos pensamentos que geram os sonhos, ou então realizamos aquilo que desejamos quando entramos em estado de repouso.
                      Desse sonho com certeza, espero conhecer aquela sábia mulher e o carro também desejo ganhar...
                                             Chico Buarque no vídeo acima e um tipo de sonho...
 Bom...já dizia alguém: "Entre o céu e a terra existem mais mistérios que a nossa vã filosofia possa imaginar".
                                              Agora por Roberto Carlos outro tipo de sonho...


Traumas

Roberto Carlos

Composição: Roberto Carlos/Erasmo Carlos
Meu pai um dia me falou
Pra que eu nunca mentisse
Mas ele também se esqueceu
De me dizer a verdade
Da realidade do mundo
Que eu ia saber
Dos traumas que a gente só sente
Depois de crescer
Falou dos anjos que eu conheci
No delírio da febre que ardia
Do meu pequeno corpo que sofria
Sem nada entender
Minha mulher em certa noite
Ao ver meu sono estremecido
Falou que os pesadelos são
Algum problema adormecido
Durante o dia a gente tenta
Com sorrisos disfarçar
Alguma coisa que na alma
Conseguimos sufocar
Meu pai tentou encher de fantasia
E enfeitar as coisas que eu via
Mas aqueles anjos agora já se foram
Depois que eu cresci
Da minha infância agora tão distante
Aqueles anjos no tempo eu perdi
Meu pai sentia o que eu sinto agora
Depois que cresci
Agora eu sei o que meu pai
Queria me esconder
Às vezes as mentiras
Também ajudam a viver
Talvez um dia pro meu filho
Eu também tenha que mentir
Pra enfeitar os caminhos
Que ele um dia vai seguir
Meu pai tentou encher de fantasia
E enfeitar as coisas que eu via
Mas aqueles anjos agora já se foram
Depois que eu cresci
Da minha infância agora tão distante
Aqueles anjos no tempo eu perdi
Meu pai sentia,
Sentia o que eu sinto agora
Depois que cresci
Meu pai tentou
Tentou encher de fantasia...